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Ciência e Cultura
versão impressa ISSN 0009-6725versão On-line ISSN 2317-6660
Resumo
SCARANO, Fabio Rubio e AGUIAR, Anna Carolina Fornero. Ecologia: do conhecimento sistêmico ao transformador: é preciso tratar o componente humano como parte indissociável do que entendemos como natureza. Cienc. Cult. [online]. 2023, vol.75, n.2, pp.01-06. ISSN 0009-6725. http://dx.doi.org/10.5935/2317-6660.20230024.
A Ecologia surgiu, por definição, como uma ciência do todo. Em seguida, pulverizou-se em módulos reducionistas, porém importantes para diversas aplicações práticas em problemas ambientais variados. Hoje, diante da crise sistêmica planetária, a Ecologia volta à sua natureza transdisciplinar e compõe o elenco de contribuições científicas voltadas para a transição em direção a um mundo mais sustentável. Este artigo propõe que o uso dos termos "básico" e "aplicado" não são apropriados para a ciência ecológica, por conta de um vaivém contínuo e, por vezes, indistinguível entre teoria e prática. São apresentadas outras duas alternativas de categorização do conhecimento ecológico. Em seguida, o artigo traça uma distinção entre ecologia stricto sensu e ecologia lato sensu - esta última no sentido do que hoje se agrupa sob uma variedade de "ecologias" ditas "integrais". Nesse ponto, a ciência trava um diálogo com movimentos sociais como o ambientalismo, reforçando sua potência transformadora. Concluímos com a reflexão que, no tempo atual, talvez a ação mais "básica" na ciência ecológica seja também a mais "aplicada": tratar o componente humano como parte indissociável do que entendemos como natureza.
Palavras-chave : Ecologia integral; Ecosofia; História da ecologia; Natureza; Transdisciplinaridade.