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    Ciência e Cultura

    Print version ISSN 0009-6725On-line version ISSN 2317-6660

    Cienc. Cult. vol.55 no.1 São Paulo Jan./Mar 2003

     

     

    POVOAMENTO

    Marcador genético reforça tese da ocupação asiática na América

     

    Os primeiros ocupantes do continente americano eram provenientes da África ou da Ásia? Essa é uma pergunta que motiva muitas teses e, a cada estudo, novas luzes iluminam a questão. A resposta mais recente, produzida no Brasil, é a da pesquisadora Daniela Maria Ribeiro, em sua dissertação de mestrado, sob orientação de Maria de Fátima Sonati, da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp.

    Para realizar sua pesquisa, Daniela utilizou o marcador genético do tipo "alfa MRE". Os resultados encontrados por Daniela reafirmam as teorias mais aceitas de que os povos nativos americanos descendem de asiáticos.

    "A originalidade do nosso trabalho está no marcador genético usado na análise ("alfa-MRE"), nunca antes utilizado em populações nativas da América do Sul em geral ou em populações nativas brasileiras, em particular. Estudos anteriores já haviam demonstrado a semelhança genética entre asiáticos e indígenas brasileiros, mas partindo do estudo de outros marcadores genéticos, como DNA mitocondrial, cromossomo Y, entre outros", diz Daniela.

    O "alfa MRE" já havia sido utilizado para determinação de algumas populações européias, asiáticas e africanas por um grupo de pesquisa holandês, liderado por Cornelius Harteveld. Em uma visita ao laboratório de Harteveld, a orientadora de Daniela, Maria de Fátima, teve a idéia de aplicar o marcador em populações indígenas brasileiras.

    Para esse trabalho com o marcador genético foram escolhidas duas populações do sul do Pará: os Parakanã e os Xikrin. Ela ressalta, porém, que ainda são necessários estudos para explicar o período das migrações do Homo sapiens para o continente americano, o número exato de homens que aqui chegaram, sua composição étnica e como fizeram a travessia a partir da Ásia.