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    Ciência e Cultura

    versão impressa ISSN 0009-6725versão On-line ISSN 2317-6660

    Cienc. Cult. v.55 n.2 São Paulo abr./jun. 2003

     

    História

    ARTE E HERANÇA DA ESCRAVIDÃO

     

    Ao rever a memória do negro no Brasil, não há como ignorar as agruras que homens e mulheres sofreram ao chegar aqui e nos mais de 300 anos mantidos na condição de escravos. Em contrapartida, é impossível deixar de lado seu papel na formação cultural, religiosa e artística da nação brasileira. É o que evidencia a exposição Negras memórias, memórias de negros. O imaginário luso-afro-brasileiro e a herança da escravidão, aberta ao público, até o final de junho, na Galeria de Arte do Sesi, na capital paulista.

    Sob a curadoria de Emanoel Araújo, a mostra reune mais de 500 obras pertencentes, em sua maioria, a coleções particulares. É primeira exposição de Araújo após deixar a direção da Pinacoteca do Estado, museu que recuperou posição de destaque durante sua gestão.

    Negras memórias... lembra a escravidão no país, mas é com demonstração de força e alegria que exalta a arte produzida pelos negros não apenas no Brasil, mas também em Portugal e na África. Há documentos, fotos e recortes de jornais que mostram a presença do negro na formação da nossa sociedade. Textos, poemas, letras de músicas, sempre de autores negros ou mestiços, como Raul Bopp, Jorge de Lima, Machado de Assis e Cartola, permeiam toda a mostra.

    O sincretismo religioso é representado por imagens de santos católicos do século XVIII, em madeira ou barro policromado, em uma parede inteira de ex-votos vindos de coleções particulares da Bahia e do Ceará e outras peças do mesmo período, como medalhas de santos ou objetos de igrejas. Do candomblé estão expostas vestimentas, ferramentas, adornos e representações de santos presentes em rituais. Do mesmo latão que se produziam as coroas para os santos católicos, são feitos os adereços dos orixás.

     

    SERVIÇO

    Galeria de Arte do Sesi: av. Paulista, 1313. De terça a sábado, das 10h às 20h; domingo, das 10h às 19h.