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    Ciência e Cultura

    Print version ISSN 0009-6725On-line version ISSN 2317-6660

    Cienc. Cult. vol.55 no.4 São Paulo Oct./Dec. 2003

     

    Museus de Ciência

    PAPEL NA EDUCAÇÃO E NA DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

     

    Durante qualquer visita a um museu de ciência, é possível notar a presença de alunos e professores interagindo com a mostra, nas experiências e nas observações. Os aspectos lúdicos servem para aproximar o sujeito do objeto e do objetivo maior, que é despertar a curiosidade científica em seus visitantes.

    Vários pesquisadores discutem o papel e os limites dessa divulgação científica. Seria um meio educacional não formal, devendo sanar as deficiências da escola no ensino de ciência? Se a escola não consegue motivar os alunos, será que é a função da divulgação científica despertar essa motivação? A aprendizagem é um dos objetivos da divulgação científica? E, ainda, qual o meio mais eficiente de aprender ciência: uma aula, um artigo ou uma visita a museu?

    As questões que persistem mostram que não existe um consenso entre os pesquisadores sobre o papel e a esfera onde a difusão de ciência ocorre de forma mais eficiente. Porém, todos parecem concordar com o objetivo fundamental de aproximar a ciência do público, como parte da cultura do homem, e os museus fazem esse papel de aproximação. Mas alguns diferenciam as ações educativas que se dão por meio de exposições e educadores dos museus, com o ensino formal ministrado por professores de ciências.

    Para Luciana Sepúlveda, coordenadora de educação do Museu da Vida, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o museu é educativo quando a visita é agradável e permite ao visitante construir uma experiência particular e significativa, quando ele consegue articular as informações, impressões e descobertas vividas durante a visita, com outras experiências anteriores e posteriores. O museu tem uma abordagem diferente da escola, da biblioteca, do parque, do jornal e da televisão. "Suscita relação de tempo, de espaço com o conhecimento particular, além da presença de objetos diversos (peças de coleções ou objetos concebidos especificamente para museus) que estimulam a construção de significados nesses espaços", diz Luciana.

    Lourdes Patinõ Barba, diretora de serviços educativos do Centro de Ciências Explora, na cidade mexicana de Leon, considera que os museus científicos caracterizam-se como um processo de educação não-formal. "É um espaço diferenciado para as pessoas aprenderem, da mesma forma que um zoológico". Em sua opinião, ações educativas em museus servem, também, para apoiar escolas.

    NOVO PERSONAGEM A atuação do educador no museu é recente. Trata-se de um especialista envolvido em todas as fases que antecedem a exposição (planejamento, desenho da mostra, cores e intenção educacional). Promove cursos de capacitação com professores de escolas, para orientá-los na melhor forma de explorar o conteúdo de uma exposição ou do museu. Oferece, ainda, minicursos e oficinas multidisciplinares para professores e alunos. Implementa pesquisas de avaliação no museu e é responsável, enfim, pela produção de material didático.

     

    Vera Toledo Camargo