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Ciência e Cultura
Print version ISSN 0009-6725On-line version ISSN 2317-6660
Cienc. Cult. vol.55 no.4 São Paulo Oct./Dec. 2003
ARMANDO FREITAS FILHO
IMPÉRIO
Torres. Terror. Cada uma parece um 1. As duas juntas marcam o dia do espetáculo e a soma dos alvos prateados em fundo azul matinal 1 minuto antes. 1 minuto depois o que foi 1 número íntegro se parte em N em 1001 decimais do que era uno, de sol, vidro, aço, pedra e esplendor no dia 10 e agora é 0. E a primeira surpresa logo se repete, 1 por 1, 1 igual a 1 ao outro, seu duplo, sua sombra. No ano 1 do novo milênio nem foi preciso ouvir a exclamação dos ratos: "Que século!" ou sua ação roedora no pé dos prédios: Ícones! Píncaros! Edifícios! Fim! |
UM LANCE DE DEGRAUS
Dias duros de degraus de pedra. Mas não só ali, acima, na de primitiva |
Armando Freitas Filho é poeta, nascido no Rio de Janeiro. Estreou em 1963, com o livro Palavra. Em 1986, recebeu o Prêmio Jabuti de Poesia com 3 x 4; no ano 2000, o Prêmio Alphonsus de Guimaraens, com Fio terra. Em 2001, foi agraciado com a bolsa Vitae de Artes. Trabalhou como pesquisador na Casa de Rui Barbosa, Instituto Nacional do Livro, Biblioteca Nacional e Funarte. Este ano, vai ser lançada pela Editora Nova Fronteira sua poesia reunida e revista, sob o título de Máquina de escrever. Constam do volume 13 livros, sendo um inédito, que se chama Numeral / Nominal, ao qual pertencem os poemas "Império" e "Um lance de degraus".