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    Ciência e Cultura

    versión impresa ISSN 0009-6725versión On-line ISSN 2317-6660

    Cienc. Cult. v.56 n.1 São Paulo ene./mar. 2004

     

     

    NEUROCIÊNCIAS

    Centro de Natal descentraliza pesquisa e repatria cientistas

     

    Criar um centro de referência internacional em pesquisa em um lugar fora do eixo tradicional de investimentos do Brasil, buscando repatriar cientistas brasileiros de peso. Essa é a proposta do Instituto Internacional de Pesquisa em Neurociência, a ser implantado no Rio Grande do Norte, encabeçada por três pesquisadores brasileiros radicados nos Estados Unidos: Miguel Nicolelis e Sidarta Ribeiro da Universidade de Duke e Cláudio Mello, da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon.

    A idéia anda a passos largos: a proposta inicial foi enviada ao CNPq em maio de 2003, já com o aval da Sociedade Brasileira de Neurociência; em julho, o Instituto ganhou um terreno de cerca de 100 hectares da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) na cidade de Macaíba, a 18 km de Natal; e, ainda em julho, conseguiu-se o apoio dos ministérios de Ciência e Tecnologia, da Educação, da Saúde e do governo estadual do Rio Grande do Norte. Como próximo passo, os pesquisadores pretendem organizar um simpósio internacional, já em março próximo, para discutir as bases da construção do instituto e criar uma fundação - já batizada de "Alberto Santos Dumont" - para captar recursos para a pesquisa também no exterior.

    Não foram as belas praias que direcionaram a escolha para Natal, mas a existência de uma tradição consolidada de pesquisas com primatologia na UFRN e pelo potencial de impacto social na região. Além disso, o centro é compatível com a proposta de descentralização da pesquisa no Brasil, preconizada pelo MCT em seu programa de apoio a pólos de desenvolvimento. A idéia é desenvolver centros de excelência em outras partes do país, fora do eixo Sul-Sudeste, democratizando o acesso a grandes projetos de pesquisa.

    A conseqüente irradiação de instituições e grupos de pesquisa que surgem a partir da implantação desses pólos é um dos "efeitos colaterais" desejados. A própria implantação do instituto já prevê a criação de outras duas instituições ligadas à prestação de serviços à comunidade, na área de saúde mental e na de educação fundamental. A idéia, conforme apresentado no programa do Simpósio, é que a região se torne parte do circuito internacional de produção científica, abrigando um fluxo constante de pesquisadores de todas as parte do mundo e integrado a uma vasta rede de centros de pesquisa associados que já conta com 18 instituições de diferentes países.