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    Ciência e Cultura

    versión impresa ISSN 0009-6725versión On-line ISSN 2317-6660

    Cienc. Cult. v.57 n.4 São Paulo oct./dic. 2005

     

     

    UNICAMP

    Centro de memória e da história oral

     

    O campo da educação fora do ambiente escolar, conhecido como ensino informal ou não-formal, busca ultrapassar as fronteiras do conhecimento sistematizado. Essa é a proposta do Grupo de Estudos sobre Memória, Educação e Cultura (Gemec), criado em 1994 no Centro de Memória da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), ligado à Faculdade de Educação e sob coordenação da historiadora Olga von Simson.

    O grupo nasceu com o objetivo de reunir pesquisadores, educadores sociais, pós-graduandos preocupados com esse novo campo educacional, que passou a ganhar força e amplitude nos anos 1990, após o arrefecimento dos movimentos sociais e o crescimento das ONGs no Brasil. Existem tipos muito diversos de educação não-formal ligados, por exemplo, a movimentos populares, grupos sociais artísticos ou religiosos, sindicatos, clubes de ciência, que buscam complementar o conteúdo transmitido via escola formal tradicional.

    O objetivo do Gemec, em contrapartida, é construir conhecimentos sobre o bairro onde os adolescentes residem, com destaque para a trajetória de lutas étnicas e sociais das gerações mais velhas, já em processo de esquecimento pelas novas gerações.

    Nessa linha de trabalho, o grupo lançou uma coletânea para apresentar o tema e mapear as iniciativas, pesquisas e reflexões abordando aspectos da educação não-formal, no livro Educação não formal: cenários da criação, da Editora da Unicamp. Desde 2000, o grupo tem financiamento do CNPq e Fapesp para sua pesquisa junto a ONGs que trabalham com adolescentes na periferia de Campinas. O projeto é organizar oficinas nos campos da história-oral, memória histórica, criatividade, fotografia, hip-hop, jornalismo comunitário, teatro de rua, samba-de-roda e orientação profissional. Essas oficinas, ministrada por alunos de pós e de graduação e por técnicos e pesquisadores do Centro de Memória, ensinam os jovens dessas comunidades a reconstruir a história recente de sua região, e possibilitam um olhar mais favorável sobre essas áreas tão marginalizadas.

     

    Vera Toledo de Camargo