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    Ciência e Cultura

    Print version ISSN 0009-6725On-line version ISSN 2317-6660

    Cienc. Cult. vol.58 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2006

     

     

     

    LONDRINA

    Livro trata da intervenção sobre a natureza

     

    O livro Natureza, fronteiras e territórios: imagens e narrativas, lançado recentemente pela editora da Universidade Estadual de Londrina (Eduel) reúne dez textos de especialistas que debatem o impacto da criação de territórios sobre a natureza e o cotidiano de seus habitantes.

    A obra foi organizada pelo professor do Departamento de História da UEL, Gilmar Arruda, que em sua apresentação mostra como a percepção das categorias espaço e tempo mudam nas pessoas. O espaço ficou mais "curto" e o tempo mais "acelerado". É a mesma discussão proposta, em 2003, no livro do geógrafo americano David Harvey, Condição pós-moderna, lançado pela editora Loyola. Harvey trata a compressão espaço-tempo buscando uma nova relação entre os processos da pós-modernidade e seu reflexo na sociedade contemporânea.

     

     

    Entre os capítulos do livro de Arruda, um trata do sul nicaragüense. Em "O canal que poderia ter sido: visões da comunicação interoceânica através do sul da Nicarágua", Christian Brannstrom analisa quatro propostas cartográficas da construção de um canal interoceânico, apresentadas entre os séculos de XVIII e XX, cujos autores desconsideravam as condições naturais. Os quatro mapas foram pouco divulgados.

     

     

    O primeiro data de 1790 e foi impresso em um leque; o segundo é de 1823 e não foi impresso; o terceiro é de 1800 e foi utilizado como propaganda e o último foi desenhado na mesa de um café e data de 1939. Brannstrom tenta mostrar como a natureza, em um país da América Central, foi apropriada como um componente dos planos e objetivos geopolíticos europeus e norte-americanos, por cerca de dois séculos

    Outro texto a destacar é "As percepções das elites brasileiras dos anos de 1930 sobre a natureza: das projeções simbólicas às normas para o seu uso", de Zélia Lopes da Silva, professora do Departamento de História da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Ela aborda algumas questões sobre o meio ambiente no Brasil da década de 1930, cujos problemas permanecem na contemporaneidade. Expande sua análise, ainda, para outros países como Nicarágua e Argentina.

     

    André Gardini