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    Ciência e Cultura

    versión impresa ISSN 0009-6725versión On-line ISSN 2317-6660

    Cienc. Cult. v.58 n.3 São Paulo jul./sep. 2006

     

     

     

     

    DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

    A física aquece mercado editorial

     

    As comemorações do Ano Mundial da Física em 2005 continuam rendendo frutos. Agora, no mundo editorial. Pelos menos três livros, de diferentes características, abordam o tema: Algumas razões para ser um cientista (CBPF), Domingo é dia de ciência (Azougue Editorial, 2006) e Física, poesia e linguagem - cem anos após a relatividade (Maanaim Editora).

    A primeira obra, lançada no ano passado, inspirou-se em outro livro One hundred reasons to be a scientist (Cem razões para ser um cientista), editado por ocasião do 40º aniversário do pioneiro Centro Internacional de Física Teórica (ICTP), reunindo depoimentos de cem profissionais da física e matemática. A versão nacional reproduz as razões contadas por 13 físicos que atuam nos EUA, além de adicionar entrevistas com cientistas brasileiros como Belita Koiller (UFRJ), Elisa Frota-Pessoa (CBPF), Marcelo Gleiser (Dartmouth College, EUA), José Leite Lopes (CBPF), Roberto Salmeron (École Polytechnique, França), Jayme Tiomno (CBPF), Constantino Tsallis (CBPF) e Sérgio Rezende (UFPE), atual ministro da Ciência e Tecnologia, que se destacam no cenário científico internacional.

    Entre as motivações mais citadas por eles está o estímulo de grandes professores, ainda no ensino médio. Muitos dos cientistas presentes na publicação testemunharam a acessão da física pós-segunda guerra mundial e da ciência no Brasil a partir dos anos 1950.

    DOMINGO: CIÊNCIA NOS JORNAIS Nesse período efervescente surgiu uma iniciativa pioneira no país: o lançamento do primeiro suplemento especialmente dedicado à divulgação da ciência. Foi este o objeto de estudo de Bernardo Esteves, para sua dissertação de mestrado na UFRJ que acabou gerando o livro Domingo é dia de ciência. Era 28 de março de 1948 quando o jornal carioca A Manhã adicionou 12 páginas de "Ciência para Todos" aos exemplares dominicais, da última semana de cada mês. Na capa, o anúncio de uma grande conquista da física nacional: os trabalhos de César Lattes (1924-2005) que levaram à descoberta da partícula meson-pi. Em seu trabalho, Esteves identificou um predomínio dos temas ligados à medicina, como ocorre ainda hoje, e da chamada história natural, em função da composição da equipe, formada por uma maioria de naturalistas. As ciências humanas foram praticamente esquecidas, assim como o olhar mais crítico.

    Já Celso de Albuquerque Barreto faz uma compilação de diferentes autores em seu ensaio Física, poesia e linguagem, para relembrar a teoria de Einstein numa abordagem poética, aproveitando o ano de seu centenário.

     

    Germana Barata