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    Ciência e Cultura

    versión impresa ISSN 0009-6725versión On-line ISSN 2317-6660

    Cienc. Cult. v.59 n.3 São Paulo jul./sep. 2007

     

    ARTE CONTEMPORÂNEA

    PARCERIA DA FAPESP COM O MUSEU DE HOUSTON

     

    O inventário da arte brasileira do século XX começa a ser feito por uma equipe multidisciplinar coordenada pela historiadora de arte Ana Maria Beluzzo. A pesquisadora é a responsável pelo convênio assinado, em maio último, entre o The Museum of Fine Arts de Houston (MFAH), dos Estados Unidos, e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Trata-se de uma cooperação para o desenvolvimento do projeto "Arte no Brasil: textos críticos do século XX". O valor do investimento é de R$ 1,3 milhão nos primeiros dois anos de vigência do acordo. Desse total, a Fapesp participa com cerca de R$ 405,5 mil e o MFAH com R$ 891,7 mil. O trabalho – de largo espectro e iniciado em 2003, com outros seis países latino-americanos: Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru e Venezuela – integra o "Documentos do século XX – arte latino-americana e latino-norteamericana", criado pelo International Center of the Arts of the Américas (ICAA), do museu norte-americano, sob orientação da crítica e curadora, Mari Carmen Ramirez. Foram feitos convênios locais com o museu norte-americano, para que cada país desenvolva seu próprio projeto. Pela primeira vez, será feito o registro da arte produzida pela população de origem latina que vive nos EUA. O resultado formará bancos de dados digitais, reunidos em um portal internacional contendo toda a crítica à arte contemporânea do continente.

    O trabalho da equipe brasileira consiste em fazer a pesquisa e a análise de textos, manifestos, depoimentos e cartas pouco conhecidos, produzidos por artistas, críticos e historiadores da arte desde as primeiras décadas do século passado, chegando até os anos 1980. Além do acervo digital, uma série de atividades estão previstas no convênio, como palestras, seminários, exposições e publicações impressas.

    ACERVO TRILINGUE Ana Maria destaca que o arquivo será em três línguas – português, espanhol e inglês – e que o desafio é adequar os termos de cada um dos países envolvidos a um vocabulário internacional. Ela acrescenta que as metodologias são diferenciadas em cada país envolvido, mas o acervo deverá reunir, pela primeira vez, toda a história artística da região assim como ajustar as terminologias adotadas: "só como exemplo, a palavra modernismo tem conceitos diferentes em cada um dos idiomas". Foram pré-selecionados cerca de 200 documentos considerados fundamentais para uma reflexão aprofundada da área.

    O projeto prevê, ainda, a edição de coletâneas, com textos originalmente publicados em títulos já esgotados, revistas, catálogos de exposição e escritos inéditos.

     

    Wanda Jorge