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Ciência e Cultura
versão impressa ISSN 0009-6725versão On-line ISSN 2317-6660
Cienc. Cult. v.60 n.2 São Paulo 2008
COSMÉTICOS
Indústria adere a métodos alternativos
A indústria de cosméticos está um pouco à frente na questão de testes que substituam completamente os animais, já que existem no mercado testes validados para irritação e corrosão cutânea e ocular. Além disso, a maioria das substâncias que entram na composição desses cosméticos já foram previamente testadas e não há a necessidade de repetição. Em junho de 1989, a empresa de cosméticos Avon anunciou o término de todos os testes com animais em seus produtos, inclusive em laboratórios do exterior. No Brasil, O Boticário e a Natura baniram os testes em animais em 2000 e 2006, respectivamente. Entretanto, muitas empresas ainda testam produtos, como cremes e maquiagem, em animais a fim de avaliar riscos de reações alérgicas, por exemplo.
Segundo informações do Centro de Desenvolvimento de Produtos dos Laboratórios da Avon (EUA), a avaliação de segurança dos produtos utiliza dados de testes in vitro, como cultura celular ou testes clínicos em voluntários humanos, além de referências pré-existentes de testes em animais. A Natura também não realiza testes em animais ou em tecidos de animais criados exclusivamente para pesquisa, nem permite tais testes em projetos realizados por parceiros ou fornecedores.
Apesar desse tipo de iniciativa fazer parte da filosofia de algumas indústrias de produtos de beleza, não existe no Brasil nenhuma lei sobre o uso de animais nesses testes. A União Européia, entretanto, aprovou o banimento dos testes de cosméticos em animais e exigiu que as indústrias os eliminassem por completo até 2009. Talvez por isso, na Europa, o desenvolvimento de produtos cosméticos seja a única área que mostra uma redução significativa no uso de animais.
Nereide Cerqueira