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    Ciência e Cultura

    versão impressa ISSN 0009-6725versão On-line ISSN 2317-6660

    Cienc. Cult. v.60 n.4 São Paulo out. 2008

     

     

     

    OBESIDADE

    Informação: arma para combater epidemia

     

    Um site da Nova Zelândia é responsável por uma grande oferta de informação a respeito da obesidade e do diabetes tipo 2. Resultado da luta de uma sociedade de voluntários preocupados com o avanço das duas doenças no país, principalmente entre crianças e adolescentes, o site tem o objetivo de conscientizar a população a respeito dos riscos da obesidade e também sobre as políticas em andamento no país e em outros lugares, que podem ajudar a combater essa epidemia.

    A Fundação Fight the Obesity Epidemic (FOE, na sigla em inglês) foi criada em 2007, mas, desde 2001 o grupo empenha-se na conscientização sobre a obesidade e a sua prevenção. A proposta é mudar o ambiente físico, social, cultural e regulador do país, de forma a ajudar os cidadãos a manterem um peso adequado e um corpo saudável.

    Atualmente, a FOE faz essa conscientização por meio de um boletim de notícias sobre desenvolvimentos e iniciativas atuais no país e em outros lugares; aproveita oportunidades para divulgar mensagens sobre o tema nos meios de comunicação e em outros; produz relatórios e divulga-os; submete pareceres ao ministério da saúde sobre regulamentações, projetos de leis; sonda a opinião pública a respeito da receptividade para mudanças nesse ambiente que consideram ser obesogênico. Todo esse material permanece disponível no site www.foe.org.nz.

    FATOR MOTIVADOR A obesidade já é considerada epidêmica em praticamente todo o mundo, sendo responsável pelo aumento de doenças como diabetes tipo 2, doenças coronarianas, problemas nas articulações, além daqueles de ordem psicológica. Afeta adultos, crianças e adolescentes, devido, principalmente, ao consumo de alimentos com altos níveis de gordura, sal e açúcar, e à redução do exercício. A condição das crianças é especialmente preocupante, uma vez que a atividade física é menos estimulada, as brincadeiras foram substituídas pela TV, videogames e computadores e, além disso, a propaganda transmitida pela televisão incentiva o consumo de alimentos não saudáveis.

    Uma avaliação feita na Nova Zelândia, em 2002, constatou que quase um terço das crianças têm excesso de peso ou estão obesas. Uma em cada dez apresentava à época, um quadro de obesidade. Ainda segundo a pesquisa, 47% das meninas e 35% dos meninos da etnia maori apresentaram excesso de peso ou obesidade. Esse quadro levou à criação da FOE.

    A associação do consumo maior de alimentos calóricos com o sedentarismo resultou no aumento do peso das crianças e no avanço da incidência de diabetes tipo 2 (ocorre quando o pâncreas produz insulina, mas o organismo não a reconhece e, portanto, ela não se liga à glicose, ocorrendo um acúmulo desta na circulação sanguínea) nesse grupo. A situação pede medidas sérias de informação à população sobre os riscos que está correndo, de incentivo a mudanças de comportamento e de políticas públicas.

     

    Simone Pallone