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    Ciência e Cultura

    versão impressa ISSN 0009-6725versão On-line ISSN 2317-6660

    Cienc. Cult. v.61 n.2 São Paulo  2009

     

     

    A ESCUTA DA LINGUAGEM COMO "ATO POIÉTICO"

    Homero Vettorazzo Filho

     

    Rainer Maria Rilke em Cartas a um jovem poeta recomenda aos jovens que desejam ser poetas que se perguntem "se lhes é possível viver sem escrever" (1). Penso que, em similaridade com o poeta, o psicanalista deve estar permanentemente comprometido a tratar a linguagem para além de sua banalização midiática e comunicacional, resgatando-a em sua fonte e em sua função poiéticas (2), para dar forma e palavras ao informe do analisando que não pode ainda ser dito. Não é possível se viver sem a materialidade metafórica da linguagem para se ser analista.

    Pierre Fédida, ao tratar das semelhanças entre o analista em seu ofício e o poeta diz que o último "deixa os desenhos das coisas se recolherem na escritura das palavras ao sair do sono em que a fala cotidiana da língua as mantém" (3).

    A FUNÇÃO POIÉTICA DA LINGUAGEM: DESDOBRAMENTOS TÉCNICOS E METAPSICOLÓGICOS Fédida trata a condição de poiese em associação à concepção sobre "a técnica" de Heidegger que, recorrendo à origem grega dessa palavra, concebe-a como "modo de desvelamento" que dá lugar "a uma produção à medida que algo de oculto se presentifica no não oculto". Por seu caráter de "produzir", a técnica é concebida por Martin Heidegger como algo poiético, vinculando-se por meio de seu radical grego a palavras que designam "o conhecimento no sentido mais amplo… o fato de poder se reencontrar em alguma coisa e de aí se reconhecer" (4).

    Em tal contexto, a técnica é retirada de seu aprisionamento em regras do setting para ser considerada no que diz respeito à escuta viva da linguagem que permeia a dupla no encontro analítico.

    A palavra falada, a palavra calada, a mudez pela ausência de palavras, a palavra encenada, o silêncio como palavra, a palavra agida, o corpo-sintoma e o gestual no lugar da palavra, a palavra surda-muda, a imagem que cega a palavra, enfim a escuta da linguagem em sua dimensão poiética e informe, deve ser o compromisso do analista com a técnica (5).

    Ao postular a linguagem, em seus desenhos internos, como lugar poiético no qual nos construímos subjetivamente à medida que nos reconhecemos nesse reencontro, mas também como lugar em que nos dissipamos em uma difração de ressonâncias sem fim, nas quais tentamos infinitamente nos reencontrar (ou nos evadir!), Fédida está propondo algo além da técnica, uma metapsicologia da técnica por meio da qual vai conceber sua maneira de postular a psiquê. Pensar a linguagem em sua escritura, que precede a palavra falada, amplia de forma singular e sob novos vértices, a concepção freudiana do aparelho psíquico se constituindo como um sistema de traços mnêmicos que se inscrevem e se retranscrevem. Penso que a materialidade da linguagem em seu desenho interno dá corpo à materialidade dos traços mnêmicos, residindo aí um lugar poiético privilegiado para a escuta analítica.

    DIFERENTES FORMAS DE SE CONCEBER A ESCUTA E A CRIAÇÃO DE LINGUAGEM EM PSICANÁLISE Joel Birman sugere a existência de três grandes movimentos de descentramento na obra freudiana que, em função das novas propostas metapsicológicas, têm implicação nas formas de se conceber a escuta da linguagem no encontro analítico (6).

    O primeiro desses descentramentos está na concepção do inconsciente como um sistema que retira a consciência (cogito) de seu lugar de destaque no psiquismo, relativizando-a em relação à importância do inconsciente. Fédida também descentraliza a linguagem do seu lugar de comunicação (cogito da pós-modernidade?), no qual se mantém adormecida na fala habitual e no senso comum, ou então ensurdecida, emudecida e automatizada no pragmatismo e imediatismo da fala comunicativa. O lugar central passa a ser o da escuta da linguagem em seu potencial poiético que tem no sonho um valor essencial de paradigma. Diz Fédida: "quando o sonho deixa de estar no princípio da teoria e de constituir seu poder de pensamento, é a concepção de fala que sofre modificações, até mesmo em suas relações com a língua e linguagem" (7). Ao que acrescenta: "É verdade que o poema não é um sonho, mas a sensoriedade das imagens visuais das quais este é feito constitui o tom e o estilo da fala do poema antes de se fundar em ato poético. A visibilidade das coisas é menos da ordem da imagem do que da impressão e da escritura, e até mesmo da pura coloração. Ela é produzida por transferência das qualidades sensíveis que a fala torna possível através daquilo que escuta de si própria" (8).

    A linguagem e a palavra exploradas nesse contexto, em uma análise, trazem grande amplitude à escuta e à constituição do campo analítico. Discriminações refinadas e de grande importância ganham corpo com as postulações de Fédida. Assim, discurso e linguagem, não são mais concepções coincidentes, o mesmo acontecendo com o conceito de linguagem, que vai muito além da palavra falada. É nesse sentido que, após citar Georges Braque que nos lembra que "escrever não é descrever. Pintar não é representar" (9), Fédida conclui que: "descrever ou representar aquilo que vê provoca uma dissociação entre olhar e fala e, assim, a perda do olhar que a língua porta em si. Essa relação do olhar com a fala é condição do ato poiético de uma fundação da língua" (10). Tais considerações colocam a escuta analítica muito mais próxima dos desenhos internos da língua e também do corpo do analista que pode assumir um lugar de engendramentos de espaços cênicos, condição que Fédida nomeia, no sentido de investigação clínica, como corpo-teatro-linguagem. Nesse mesmo contexto, outra questão que ganha importância é a linguagem pensada no contraponto entre o visual e o visível. "Tornar visível é atribuir sensação, sensorialidade, ao visual desfascinado da vista" (11) diz Fédida, em uma densa reflexão com tantos desdobramentos no trabalho analítico. A linguagem em sua dimensão poiética é assim uma forma de desencantamento aprisionador no visual. Temos aqui que refletir sobre o possível fascínio do visual exercido nas trocas intersubjetivas pela dupla analista-analisando levando a um encarceramento da linguagem, não esquecendo que também a fala comunicacional pode ter um efeito de visual fascinado.

    Também é no campo da linguagem que a capacidade de continência ou de holding do analista vai ser concebida. Fédida a denomina de "capacidade de mobilidade psíquica do analista" vinculando-a à possibilidade do analista de produzir e construir linguagem por meio de suas renovações poiéticas, cada vez que é posto à prova por analisandos que, apesar de falarem muito, mantêm-se surdos-mudos em sua linguagem. Tal capacidade de mobilidade psíquica provém da "memória anamnésica" (12) que o analista adquire da "fala do paciente, pela escuta de suas palavras, em ressonância com aquilo que esta fala se relembra" (13).

    O segundo grande descentramento derivou de novas proposições metapsicológicas que Freud, desenvolve em "A guisa de introdução ao narcisismo", nas quais o Eu, enquanto instância totalizante do psiquismo e do corpo, não seria originário, mas sim derivado do investimento do Outro (14).

    A condição da presença do Outro que descentraliza o Eu trouxe novos aportes de produção metapsicológica com importantes efeitos na técnica. Para pensar a linguagem em sua escuta psicanalítica, a partir desse novo movimento, tomo como interlocutoras Piera Aulagnier e Silvia Bleichmar.

    Destaco em Aulagnier sua concepção de "sombra falada" na qual enfatiza que, antes mesmo de nascermos enquanto sujeito, estamos marcados, em nossa origem, pela antecipação de um Eu construído a partir do discurso que a mãe produz sobre o corpo do infante, encarnando-o enquanto "sombra falada", e inscrevendo-o em uma ordem temporal e simbólica (15). Tal discurso se dá em uma dimensão muito além de um simples código linguístico já que não se trata somente de palavras; é um ato de dirigir-se a um Outro que alude tanto à mãe – implicada em seu desejo –, quanto à criança – incluída como destinatária desse enunciado e, portanto, da projeção desse desejo. Tal condição base da implantação do narcisismo como processo de estruturação do Eu, coloca a linguagem "dentro" da pulsão sexual e de suas vicissitudes.

    Bleichmar, na mesma direção, introduz novos interrogantes ao deslocar a ética para antes da resolução edípica, relacionando-a às formas de apropriação – inclusive pela linguagem – do corpo e dos sentimentos da criança pelo adulto (16).

    Considerando a linguagem nesse contexto, Bleichmar ressalta que pelo fato de ser secundária às primeiras inscrições, a palavra, como significante, alude a aspectos da sexualidade inconsciente, que correspondem aos excessos exercidos na maneira como as funções dos cuidados primários com a criança são realizadas, situando-se para além da significação que o discurso do adulto possa representá-la.

    Nesse contexto, a expressão material das formas de vinculação do Eu com esse Outro, desvela-se na linguagem destinada ao analista. Na mesma direção se torna importante escutar a relação do analisando com sua própria linguagem. O tipo de demanda; o comprometimento ou, ao contrário, a alienação na própria fala; o reconhecimento da alteridade ou, inversamente a alienação no Outro; constituem o cenário e o potencial poiético para a escuta da linguagem, marcada nesse contexto pelo sexual que, não podendo mais se realizar como sendo o próprio ideal, aliena-se no Outro na procura desse gozo. O ensurdecimento causado pelo fascínio com a própria fala ou com a figura do analista pode ser pensado sob esse vértice. Está na escuta analítica a possibilidade de tentar desfazer esses curtos-circuitos. Para tal, penso que as concepções metapsicológicas, acima apresentadas, são de grande valia por abrirem recursos técnicos que criam linguagem para tal escuta.

    O terceiro descentramento é decorrente da postulação da pulsão de morte que desloca a representação de sua posição central de atributo intrínseco à ordem da vida. Ao ocupar o centro, a pulsão de morte, que visa sempre a desconstruir as representações estabelecidas, condena Eros a continuamente ter que representar.

     

     

    Pensando a escuta psicanalítica da linguagem no novo contexto, a postulação da pulsão de morte coloca, radicalmente, a ênfase na escuta da coisa indizível e, portanto, na criação de linguagem para a materialidade do informe que, se não ganhar significância, ameaça a invadir ou a se descarregar em um discurso evacuativo, ou então adormecer em uma fala vazia e designificada – visto não encontrar linguagem para se revelar. O vazio deve ser escutado em sua própria materialidade que, ao ganhar significância, lhe dá contorno.

    Jacques Lacan, em seu seminário sobre a ética, retoma a postulação de Heidegger na qual o filósofo usa a forma do vaso como modelo para configurar sua concepção de criação (17). O vaso – em correspondência ao conceito lacaniano do "real" – põe em evidência a condição em que "o vazio nele criado introduz, ao mesmo tempo, a própria perspectiva de preenchê-lo" (18).

    Penso que a linguagem, dentro do terceiro descentramento, teria tanto a forma (materialidade) como a função do vaso na figuração acima descrita: materialidade que, ao mesmo tempo, dá lugar ao vazio e cria condições para preenchê-lo. A concepção de Fédida sobre o "sítio do estrangeiro" também vai nessa direção. Assim, o silêncio, na escuta, tem a função de propiciar tempo e espaço para o vazio e para a negatividade da palavra. Dessa forma, podemos entrar em contato com a linguagem em sua materialidade metafórica e criativa.

    A TRANSFERÊNCIA E A CONTRA-TRANSFERÊNCIA SIGNIFICADAS FRENTE À ESCUTA DA LINGUAGEM Penso que não se pode falar de transferência e contra-transferência sem se pensar na linguagem em seu sentido poiético, ou seja, linguagem matéria-prima do sonho. Transferências, portanto, tal como Freud começa a teorizá-las dentro do trabalho onírico, como retranscrições que abrem possibilidades de "transformações", no sentido de propiciarem novas formas de articulações.

    O conceito de projeção – que deve ser pensado dentro das transferências – ganhou ênfase a partir do segundo descentramento, no qual o Eu é deslocado de sua posição central originária para ser concebido, em sua estruturação, como sombra do Outro. O imbricar do campo do Eu e do Outro, configurado nos tipos de vinculações do paciente, passa a ter na escuta da projeção uma forma privilegiada para criação de linguagem. Ao ser considerado sob o vértice de sua dependência originária do Outro, o Eu deparando-se com a alteridade deste se vê ameaçado de despossessão e de transformar-se em estrangeiro. Tal condição suscita uma violência psíquica que está nas bases das relações intersubjetivas e também do ataque à própria linguagem. É na vivência de experiências transferenciais e contra-transferenciais desse porte que podemos realizar a materialidade que a linguagem assume ao dar corpo à materialidade psíquica (palavra-coisa!). Assim, no trabalho analítico, entramos em contato com a força material da palavra-encarnada, seja ela, falada, muda, surda, fascinada e cega, atuada, gestual ou corporal. Em tal contexto posso entender o poder e a eficácia transformadora da linguagem (a partir do vazio criativo contido em sua capacidade metafórica), como também a materialidade desintegradora do vácuo que acompanha sua ausência (buraco negro?).

    A CONTRA-TRANSFERÊNCIA E O DESEJO DE ANÁLISE "Não aguento mais viver assim… não quero mais viver assim… não tenho vontade de nada… não consigo levantar da cama… fico lá, com o travesseiro tapando meus ouvidos, encolhida, imóvel, não quero ouvir barulho, movimento, nada. São tantos anos assim. Tanta análise, tratamento, remédios… Não muda nada… Não aguento mais viver assim…" Falas, como estas, eram a tônica dos encontros com uma paciente na qual o vazio por ela encarnado me causava a impressão de poder ser arrastado por um turbilhão – também despertado em mim – que me tragaria para um buraco negro: um mundo de trevas aonde só existia lugar para culpa, auto-recriminação, decepção e conformismo.

    Comecei a perceber durante seu atendimento que surgiam músicas para mim, a princípio difusas, mas que aos poucos iam tomando a forma de estribilhos de canções. Não eram músicas que faziam parte de minha memória recente e, tampouco, tinham tido um significado especial. Escutá-las me tranquilizava.

    Relato duas dessas situações pelas diferenças nas tonalidades que tais músicas assumiram acompanhando minha escuta da paciente. Tratavam-se ambas de canções relacionadas ao candomblé e que apelavam, respectivamente, à proteção de Oxalá e de Mãe Menininha (19). Na primeira canção, sua letra se repetia em minha mente assumindo a sonoridade de uma cantiga de ninar. Na segunda, a melodia ecoava como um triste lamento que se revelava, para mim, como um pedido de ser ouvida.

    Nas duas situações, entretanto, o conteúdo da fala da paciente era o mesmo. Talvez fossem diferentes suas pausas, a tonalidade de sua voz, seus silêncios, sua respiração. Penso que aí residiram os elementos que, em parte, modularam as diferenças de minha escuta melódica, nas quais me apoiei para minhas intervenções.

    Em relação àquela com sonoridade de cantiga de ninar, animei-me a conversar com ela sobre seu cansaço e sua pouca possibilidade de sonhar. Falamos como esse viver alucinado, esse sonambulismo que não a deixava discriminar sonho e realidade era perturbador. Ao final da sessão estava mais calma, dizendo-se mais vitalizada. Quanto à segunda condição, no sentido de investigar o sentimento de vê-la esquecida configurado em minha escuta melódica, optei por perguntar-lhe: "O que você está procurando?". Ela respondeu: "Estou sem forças, triste, não estou procurando nada". Insisti, contestando-a: "Nada, talvez seja o que você encontrou… Mas o quê? Quem? Você está procurando e talvez tenha encontrado nada?". Falou-me de sua invisibilidade frente ao olhar da mãe. Optei por não fazer nenhuma interpretação de sentido sobre o conteúdo de suas lembranças. Apenas assinalei que essa era uma situação muitas vezes presente entre nós. Tanto a percebia invisível para si mesma como também me sentia invisível para ela. Tinha a impressão de vê-la encarcerada em sua fala e em suas conclusões, como se fosse uma solitária na ocasião me veio à mente a Taenia solium, cestódeo hermafrodita que se auto-reproduz. Relacionou seu isolamento e sua sensação de invisibilidade com o fato de nunca ter se sentido causa do prazer de alguém. Pareceu-me, ao final do encontro, estar mais desfascinada do espelhamento que a aprisionava em seu próprio discurso. Lembrei-me de Freud (20) que, em uma divertida e profunda reflexão, comenta ter escutado uma criança, no terror de sua solidão representada pelo escuro do quarto, pedir a sua tia que, do quarto vizinho, falasse com ela. Frente ao comentário da tia que a contesta dizendo que não adiantaria falar uma vez que não podia ser vista, a criança responde: é que quando se fala fica mais claro.

    A responsabilidade por uma escuta propiciadora de construção de linguagem em seu potencial poiético é, no tratamento psicanalítico, a condição ética do analista em seu trabalho. Aí deve residir o desejo do analista que é, assim, desejo de análise. Análise entendida, portanto, não como humanismo que se centralize na escuta existencialista ou comportamental proposta pelo comunicacional do discurso, mas que resgate a linguagem em sua materialidade poiética, questão que se impõe como fundamental para a esperança de que possamos, ao nos escutarmos, reconstruirmo-nos continuamente. Nas palavras de Fédida, citando James Joyce, "um homem quando já não tem mais nada a perder ainda lhe resta a linguagem" (21).

     

    Homero Vettorazzo Filho é psicanalista, membro associado da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, professor e supervisor do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae.

     

     

    NOTAS E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    1. Apud Azambuja, C. S. "Carta a um jovem psicanalista". Trabalho apresentado na aula do Instituto de Psicanálise inaugural do Instituto de Psicanálise "Durval Marcondes" da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP). São Paulo, 12 fev. 2007.

    2. Uso o termo poiético para enfatizar o radical grego da palavra que significa criação, fabricação, discriminando-a de poético, palavra de origem latina cujo sentido refere-se à poesia, à obra poética.

    3. Fédida, P. Nome, figura e memória. São Paulo: Escuta. 1992. p.16.

    4. Ibidem p.39.

    5. Os destaques em negritos são do autor.

    6. Birman, J. Freud e a filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 2003.

    7. Fédida, P. Op. Cit., 1992. p. 46.

    8. Ibidem p. 55-56.

    9. Apud Fédida, p.52.

    10. Fédida, P. Op. Cit., 1992. p.52.

    11. Ibidem p. 16.

    12. Tal noção de Fédida é inspirada no Corpus hipocrático, no qual a palavra pronunciada é anamnesis que significa o relembrar, o lembrar remontando.

    13. Fédida, P. Op. Cit., 1992. p.15.

    14. Freud, S. "A guisa de introdução ao narcisismo". In: S. Freud SE Vol. XIV. Rio de Janeiro: Imago. 1976.

    15. Aulagnier, P. Os destinos do prazer. Rio de Janeiro: Imago. 1985.

    16. Bleichmar, S. "Sexualidade infantil". Apresentado em seminários em São Paulo (texto não publicado), 2006.

    17. Lacan, J. "Da criação ex nihilo". In: Lacan, J. Livro 7. A ética em psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 1991.

    18. Ibidem p. 152.

    19. Tratam-se das canções: Meu pai Oxalá (letra e música de Toquinho e Vinícius de Moraes) e Oração da mãe menininha (letra e música de Dorival Caymmi).

    20. Freud, S. "A ansiedade". In: S. Freud SE. Vol. XII. Rio de Janeiro: Imago. 1976.

    21. Apud Fédida, p. 36.