SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.62 issue1 author indexsubject indexarticles search
Home Pagealphabetic serial listing  

Services on Demand

Journal

Article

Indicators

    Related links

    • On index processCited by Google
    • Have no similar articlesSimilars in SciELO

    Share


    Ciência e Cultura

    Print version ISSN 0009-6725On-line version ISSN 2317-6660

    Cienc. Cult. vol.62 no.1 São Paulo  2010

     

     

     

    Diante da estimativa de quase 100 mil espécies vegetais em risco de extinção no planeta, a Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2006,  elegeu 2010 como o Ano Internacional da Diversidade Biológica. O objetivo é o de chamar a atenção mundial para a perda da biodiversidade e para a necessidade de conservação dos recursos vegetais. Existem no mundo hoje 2.550 jardins botânicos que cumprem um papel de destaque na conservação dos recursos vegetais e na sensibilização do público sobre a importância da vida na Terra, sendo 34 no Brasil. O Núcleo Temático desta edição, coordenado por Ariane Luna Peixoto e Rejan Guedes-Bruni, dedica-se a destacar a existência e a função dos jardins botânicos desde sua criação no Brasil, ainda no período colonial. Os artigos focam essa história, abordando inclusive a implicação econômica, trazendo também experiências internacionais reconhecidas como é o caso dos jardins botânicos de Nova York e de Kew.

    A observação sistemática da natureza inspirou o poeta e filósofo alemão Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832) a contribuir para o progresso da botânica. É o que Thomas Baumann, da Universidade de Zurique, e colegas escrevem na seção Artigos & Ensaios, ao retratar o autodidata Goethe como homem inspirado pela metamorfose das plantas, que inspirou a descoberta da cafeína e contribuiu para o conhecimento sobre as flores. Seu princípio gerador de todas as estruturas vegetais foi comprovado cientificamente somente 300 anos mais tarde.

    Passando pelos jardins botânicos, mas focando nos centros e museus de ciências norte-americanos, Luisa Massarani e Ildeu de Castro Moreira analisam o papel destas instituições na divulgação científica e na interatividade com o público, apontando, na seção Tendências, possíveis mudanças no cenário brasileiro.

    Nesta primeira edição de 2010, Ciência & Cultura, em suas reportagens, dedica-se a explorar a questão da falta de investimento em pesquisa de doenças que, negligenciadas, vitimam, principalmente, populações de países pobres e em desenvolvimento. Comemora o cinquentário do projeto arquitetônico de Brasília, com uma reflexão sobre essa metrópole planejada de forma tão arrojada, que sofre hoje dos problemas urbanos comuns a grandes cidades brasileiras. Artes plásticas, cinema e política internacional de C&T complementam os temas abordados nesta edição.

    Boa leitura!

     

    MARCELO KNOBEL
    janeiro de 2010