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    Ciência e Cultura

    Print version ISSN 0009-6725

    Cienc. Cult. vol.65 no.3 São Paulo July 2013

    http://dx.doi.org/10.21800/S0009-67252013000300015 

     

    INOVAÇÃO/NANOTECNOLOGIA

    Bayer fecha fábrica de nanotubos de carbono

     

    Depois de apenas 4 anos, a indústria farmacêutica Bayer resolveu fechar as portas da uma das maiores fábricas de nanotubos de carbono do mundo. Em um comunicado à imprensa, Patrick Thomas, CEO da Bayer MaterialScience, explicou que a empresa percebeu que as áreas potenciais de aplicação dos nanotubos, que antes pareciam promissoras, "têm se fragmentado ou têm pouco a ver com os principais produtos da empresa e seu espectro de aplicação".

    A Bayer havia inaugurado sua fábrica no início de 2009, em Leverkusen, Alemanha, com investimentos de cerca de 22 milhões de euros, aproximadamente R$61 milhões. O objetivo era desenvolver novas tecnologias e aplicações com base no grande potencial dos nanotubos de carbono.

    Trata-se de estruturas tubulares com dimensões de cerca de um bilionésimo de metro (10-9m) que produzem propriedades elétricas, mecânicas, ópticas e químicas que podem beneficiar produtos esportivos, como raquetes e bicicletas, tornando-os mais resistentes; aumentar a mobilidade com a redução do peso de veículos; e possibilitar o desenvolvimento de produtos eletrônicos como televisores de tela plana.

    À epoca, a Bayer recebeu cerca de 40 milhões de euros do Ministério da Educação e Pesquisa da Alemanha, para o período de quatro anos. "Esta aliança irá desempenhar um papel significativo na implementação da estratégia de alta tecnologia do governo federal, por meio da qual pretendemos reforçar a competitividade da Alemanha", afirmou Thomas Rachel, secretário de Estado Parlamentar do Ministério Federal da Alemanha para Educação e Pesquisa (BMBF), durante a inauguração da planta de nanotubos de carbono.

    Apesar de a fábrica ter encerrado suas atividades, Stefan Paul Mechnig, porta-voz de Bayer MaterialScience esclareceu que a Bayer pretende continuar contribuindo para a área, por meio da transmissão de tecnologia e distribuição de informação para pequenas e médias empresas. "Queremos continuar trabalhando profundamente com o desenvolvimento e os nossos parceiros de negócios para encontrar o melhor uso possível e posterior utilização do nosso portfólio de nanotubos de carbono, em particular, para conhecimentos adquiridos e patentes". Segundo Mechnig, apesar do fechamento da fábrica, a empresa ainda acredita no grande potencial da nanotecnologia e dos nanotubos de carbono e, portanto, assume que a investigação e o desenvolvimento nessa área vão continuar.

    No ramo de produção de nanotubos de carbono estão grandes empresas como a chinesa CNano, com uma linha de produção com capacidade de produção de 500 toneladas ao ano, e a belga Nanocyl, considerada a atual líder mundial na fabricação dessas estruturas. Que os investimentos permaneçam no setor.

     

    Marcela Salazar Granada