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    Ciência e Cultura

    versão On-line ISSN 2317-6660

    Cienc. Cult. vol.67 no.1 São Paulo jan./mar. 2015

    http://dx.doi.org/10.21800/2317-66602015000100013 

    ARTIGOS
    PSICANÁLISE E FILOSOFIA

     

    Apontamentos para uma análise da influência do existencialismo moderno na obra de Winnicott

     

     

    Leopoldo Fulgencio

     

     

    Ao retomarmos o conjunto das inovações que Winnicott inseriu na psicanálise reconhecemos uma série de concepções que têm uma semântica que lembra termos claramente reconhecíveis no quadro das propostas de psicologias existencialistas, tais como - para citar apenas as mais evidentes - a noção de ser e de falso e verdadeiro self.

    Certamente essas concepções existencialistas faziam parte do horizonte intelectual de sua época. Ao que sei, não temos mais acesso ao conteúdo da biblioteca de Winnicott, no entanto estou supondo que ele pode ter tido acesso a diversas obras dedicadas à análise do que era a proposta do existencialismo como um novo aporte para a prática psiquiátrica e psicológica, especialmente o livro Existence: a new dimension in psychiatry and psychology (1) e o artigo "Existencialisme et psychiatrie" (2), que retoma quase os mesmos conteúdos do capítulo "A clinical introduction to psychiatric phenomenology and existencial analysis" (3), do livro acima citado, capítulo também escrito por Ellenberger.

    Não se trata de afirmar que ele fez uma importação ipsis literis de conceitos filosóficos para aplicá-los na sua proposta de desenvolvimento da psicanálise, mas sim que ele, estimulado por essas concepções, desenvolveu-as, redescreveu-as, para que pudessem se integrar no seu sistema teórico-clínico, levando-o até mesmo a modificar uma parte considerável da semântica psicanalítica, sem deixar de ser psicanalista.

    Neste sentido, proponho, aqui, retomar os aspectos gerais do que estou reunindo sob a rubrica existencialismo moderno, apoiandome, principalmente nos dois textos de Ellenberger, colocando em evidência tanto algumas das concepções filosóficas referidas à fenomenologia, ao existencialismo e à analítica existencial, quanto o sentido clínico destas concepções, reconhecíveis na fenomenologia psiquiátrica, na psicologia existencial e na daseinanalyse.

    O existencialismo moderno e a questão do que é a existência humana Tomemos por existencialismo moderno uma rubrica que reúne um conjunto de concepções filosóficas propostas pela fenomenologia, pelo existencialismo (no seu sentido mais estrito) e pela analítica existencial. Para evitar, aqui, um longo percurso de definições e diferenciações no campo da filosofia e dos problemas filosóficos, vou considerar que alguns psiquiatras e psicólogos utilizaram alguns conceitos e propostas, dessas perspectivas filosóficas, como instrumentos de investigação e de tratamento psicoterápico, ou seja, sem adentrar na discussão filosófica, pretendo colocar em evidência algumas das concepções filosóficas existencialistas que tornaram-se concepções clínicas.

    Certamente, devemos reconhecer diferenças entre a proposta de Husserl, com a fenomenologia, a do existencialismo no seu sentido estrito, e a de Heidegger, com sua analítica existencial. No entanto, ainda que possa haver divergências significativas entre eles, podemos reconhecer uma preocupação e concepção de base comum, referida à questão: o que é a existência humana?

    Kierkegaard e o existencialismo moderno Para Kierkegaard o homem não é um dado, um móvel pré-fabricado, mas ele é o que ele mesmo fizer de si mesmo. Tendo a liberdade, como seu fundamento, o homem se constrói via suas decisões (decisões existenciais que ele, obrigatoriamente, tem que fazer), basicamente escolhendo entre dois modos de existência: o autêntico e o inautêntico.

    Tendo uma vida mais ou menos autêntica, Kierkegaard remete o homem ao fato de que isto corresponde a uma decisão à qual todo homem é obrigado a tomar, ou seja, que o seu modo de vida, de uma maneira ou de outra, está referido à própria estrutura da existência humana. Ou seja, a angústia e o sentimento de culpa que caracterizam o ser humano derivam da própria estrutura de seu modo de ser, que é responsável pelas suas escolhas, responsável pelo que ele é. Ao comentar o que é esta angústia existencial, para Kierkgaard, Ellenberg afirma: "Um dos grandes méritos de Kierkegaard é o de haver mostrado que muitos sentimentos de angústia e de culpabilidade não são nem 'reais' (quer dizer, justificados por fatos reais), nem 'neuróticos', mas simplesmente ligados à estrutura da existência humana" (4). Ou seja, fazendo já uma ponte importante com a prática clínica, essa angústia não corresponde à angústia que deriva das relações afetivas que o homem tem com outros homens, à angústia que deriva de um fato real, à qual nos remeteria a uma angústia neurótica ou psicótica, mas ela deriva do próprio fato de ser humano. O mesmo tipo de raciocínio serve para caracterizar o que é o sentimento de culpa existencial, derivado do modo de ser humano e não de um fato específico, vivido na história do indivíduo.

    A fenomenologia como método de acesso ao sentido existencial Ainda que muitos sentidos possam ser dados ao termo fenomenologia, vamos nos delimitar apenas ao que Husserl deu, caracterizando-a como um princípio metodológico para a construção de uma nova psicologia, ou seja, estamos procurando colocar em evidência quais seriam os princípios que estariam na base da caracterização do que é o modo de ser humano do ponto de vista das suas experiências subjetivas, experiências psicológicas.

    A fenomenologia é, pois, em termos gerais, um método (redução psicológica-fenomenológica) para poder chegar às coisas elas mesmas, de maneira absolutamente imparcial, observando-o tal como se manifesta e somente como ele se manifesta. Alguns psiquiatras viram nessa proposta metodológica uma possibilidade para ter acesso ao sentido da experiência psicológica de seus pacientes, um caminho para que fosse possível chegar ao sentido próprio da experiência subjetiva de estar (experimentarse) doente psiquicamente.

    Essa perspectiva (fenomenológica) oferece, por um lado, um método para acessar o mundo interior, subjetivo, do paciente (o que, na psicanálise e noutras práticas psicoterápicas, é feito de uma maneira, com um método, diferente); por outro lado, aponta para determinadas categorias ou modos de ser estruturais que caracterizam o próprio modo de ser do homem (seja na patologia seja na saúde), que dizem respeito à relação com o tempo, com o espaço, com as experiências de relações causais consigo e na relação com os objetos do mundo, bem como no próprio sentido ou colorido semântico dado às coisas (ou objetos do mundo).

    Heidegger e a estrutura do modo de ser do ser humano Em Heidegger encontramos uma caracterização e uma análise extensa sobre as características da estrutura do modo de ser e existir do ser humano, denominável, assim, de dasein. Para ele o dasein (o ser-aí) significa ser-no-mundo (5) de uma maneira específica que o faz ser diferente das pedras e dos animais. O próprio título de seu livro mais conhecido, Ser e tempo, designa "um modo de ser e, sem dúvida, do ser daquele ente [o dasein] que está aberto para a abertura do ser, no qual se situa, enquanto a sustenta" (6). De uma maneira sintética e descritiva, a grande diferença e característica do dasein é que ele faz a si mesmo, ele é criador de si e do mundo no qual vive: "A 'essência' do ser-aí [dasein] consiste na sua existência. O nome 'existência' é usado, em Ser e tempo, exclusivamente como caracterização do ser do homem"(7). Heidegger se refere à estrutura dasein caracterizando-a como ser-com, ser-no-mundo, ser junto a, subsistir-por-si-conjuntamente, ser-um-com-o-outro, ser-para-a-morte etc, querendo com essas expressões marcar que o homem só-se-faz-no-mundocom-outros-homens, que o homem é o único que tem uma relação de compreensão do que é a finitude ao longo do tempo (passado, presente, futuro) refletida sobre si mesmo e sobre os outros homens existentes que fazem parte da sua vida.

    A posição de Heidegger, em relação à máxima existencialista, de que a existência precede a essência, é a de que o homem, o dasein, se faz (em essência e em existência) no tempo da sua existência, o que se pode reconhecer na sua afirmação "Der mensch ist der platzhalter des nichts" ("o homem é o lugar-tenente do nada") (8). O homem ocupa, no tempo, o lugar que seria o do não-ser (9).

    Ao procurar caracterizar o que é o mundo para o homem, Heidegger faz uma análise comparativa distinguindo o que é o mundo para uma pedra, para um animal e o que é o mundo próprio do ser humano (eingenwelt). Aí também encontramos mais um aspecto que caracteriza a especificidade do modo de ser do ser humano, a especificidade do dasein. Enquanto uma pedra é sem mundo (tanto faz, para ela, em que mundo ela está), um animal é pobre de mundo (o seu mundo é sempre aquele, por exemplo, o mundo do meu cachorro que se repete, ou se modifica muito pouco, ao longo de toda a sua existência), o homem é o único que é formador do mundo em que vive (evidentemente, dentro de certos limites), estabelecendo uma unidade indissociável entre ele mesmo e seu mundo (10); além de ter experiências interiores específicas em relação a como vive o tempo, o espaço, a relação de causalidade e a relação com a matéria do mundo (a substancialidade do mundo que recebe coloridos semânticos), tal como a perspectiva fenomenológica aponta como sendo características propriamente humanas.

    O existencialismo moderno na psicologia e na psiquiatria

    A compreensão do modo de ser do ser humano do ponto de vista do existencialismo moderno, fornece um quadro de referência para pensar a saúde e a doença, indicando que elementos, categorias ou relações devem ser compreendidas e descritas, bem como apontam para uma noção de saúde, telos, com o qual e para o qual deveria trabalhar toda psicoterapia. Em primeiro lugar, como fundamento ontológico e motor da existência do modo de ser do ser humano, temos a sua necessidade de ser no tempo, ser de uma maneira específica na qual ele faz a si mesmo e o mundo no qual vive, na sua relação consigo mesmo e com o outro (o mundo no qual vive), seja de uma maneira autêntica seja inautêntica.

    Toda prática psicoterapêutica necessitará, pois, ter um método para acessar e intervir no que é este modo de ser, ter acesso ao que é o mundo interno (subjetivo) do paciente para compreender e agir, basicamente, na direção de realizar o que é a estrutura do modo de ser humano, em direção a uma vida autêntica. Compreender quais são as características do dasein, bem como ter acesso ao mundo interno do paciente tal como ele o vive (objetivo procurado pelos psiquiatras fenomenológicos), corresponde a uma necessidade dos processos psicoterápicos, mas não mostra nem orienta como deve ser o tratamento.

    Nesta direção, que procura explicitar procedimentos clínicos específicos, advindos desse quadro conceptual existencialista, cabe, agora, explicitar os aspectos gerais de dois grandes sistemas teóricos que foram propostos como práticas de tratamento, a saber: a psicologia existencialista, construída com apoio na obra de Sartre, e a daseinanalyse, construída, por Binswanger e Medard Boss, com base na analítica existencial proposta por Heidegger.

    A psicologia existencialista Esta proposta de psicologia científica foi feita a partir da aplicação de algumas concepções existencialistas (no sentido estrito do termo, especialmente, no que se refere às contribuições daqueles que se denominavam a si mesmo como existencialistas, tal como Sartre e Merleau-Ponty), sem a inclusão de outras propostas filosóficas acima citadas (a fenomenologia e a analítica existencial) e de outros métodos de outras perspectivas clínicas (tal como, por exemplo, a psicanálise).

    Considerando, por um lado, que o homem é responsável pela maneira como vive a sua vida, mas também que o próprio fato de existir como homem corresponde a um problema por si mesmo, dado que leva o homem a um problema, um conflito e um sentimento de culpa, referido às suas escolhas de vida, considera-se que há dois tipos de neurose a serem distinguidas num processo terapêutico: a neurose ou angústia que deriva do próprio fato de existir como homem e a neurose ou angústia que deriva de acontecimentos ou fatos específicos da vida: "A psicoterapia existencialista se dirige, antes de tudo, a um tipo específico de neurose, chamada de neurose existencial, quer dizer, que ela não deve sua origem aos traumatismos recalcados do sujeito, ao stress ao qual ele pode ser submetido, ou à fraqueza de seu eu, mas, ao fato de que a vida não tem sentido para ele e que ele vive num modo inautêntico da existência" (11).

    A Daseinanalyse como método psiquiátrico e como prática psicoterápica A daseinsanalyse é um método psiquiátrico, proposto por Binswanger, construído com base na compreensão do que é o dasein, para Heidegger, que toma como seu objeto a compreensão estrutural da existência humana nos casos clínicos de pacientes neuróticos e psicóticos, bem como influenciado pela fenomenologia psiquiátrica de sua época e pelas concepções de Martin Bubber, referidas a modos de ser relacionais, autênticos e não autênticos, que caracterizam os modos de ser do ser humano no mundo, expostos no seu livro Eu e tu. A daseinanalise também corresponde a uma prática psicoterápica, desenvolvida por Medard Boss, com base nas propostas de Heidegger e de Binswanger. Por um lado, seu objetivo é aceder ao universo das experiências subjetivas do paciente, seja em termos individuais seja em termos das suas relações com os outros homens, relações estas que Binswanger classifica e coloca em categorias relacionais (modo dual da existência, modo singular, modo anônimo etc).

    Pode-se considerar que a daseinanalyse corresponde a uma tentativa de síntese da psicanálise, da fenomenologia e dos princípios expostos na analítica existencial de Heidegger. Essa perspectiva de trabalho clínico permaneceu como um horizonte que tem sido desenvolvido desde então, ainda que não tenham faltado críticas à sua proposta, considerando que ele se manteve num campo obscuro, nem na filosofia nem na ciência, fazendo, pois, uma pseudofilosofia e uma pseudopsicologia (12).

    Presença do existencialismo na obra de Winnicott Considero que as inovações propostas por Winnicott derivam de sua prática clínica com bebês e suas mães, como também do tratamento de pacientes psicóticos, associando este campo empírico com sua formação empirista e humanista, bem como, por uma influência, marcada pelo horizonte de sua época, na qual as concepções existencialistas se mostravam como um novo aporte possível para o desenvolvimento da psiquiatria e da psicologia (psicanálise). Trata-se, aqui, de focar minha atenção em alguns conceitos/fenômenos que foram considerados por Winnicott e que são claramente reconhecíveis no quadro do pensamento existencialista moderno, seja na filosofia seja nos seus derivados clínicos, a saber, delimitando aqui alguns dos pontos ou temas que poderiam ser colocados em destaque a partir da minha perspectiva de análise: 1) a noção de ser, que reformula o modelo ontológico do que é o homem para a psicanálise, cuja proximidade com o que representa o dasein parece evidente (13); 2) a consideração do falso e do verdadeiro self, como modos de organização psíquica, que tem no verdadeiro self seu fundamento saudável, o que tem semelhança, senão identidade, com a noção de vida autêntica como fundamento estrutural do modo de ser humano (14); 3) a afirmação de que é no campo dos objetos e fenômenos transicionais (fenômenos que consideram os objetos do mundo como criados e encontrados pelos indivíduos) que o homem constitui um lugar saudável para viver, para ser real e ter uma vida que vale a pena ser vivida, colocando aí a origem da vida ou do mundo cultural no qual o homem pode viver sem perda em demasia da sua espontaneidade, concepção esta que está também totalmente de acordo com a consideração estrutural do dasein como sendo o modo de existência que faz a si mesmo e ao mundo em que vive, que se constitui no ser-com-o-outro, no cuidar de si e do outro (15); 4) o reconhecimento da construção da relação com o tempo (temporalidade) e com o espaço (espacialidade), com a experiência de criar e encontrar o mundo como subjetivo-transicional-objetivo; 5) como uma derivação necessária de todas essas concepções existencialistas, a formulação de uma noção de saúde, formulada por Winnicott em termos de ser a partir de si mesmo, ter uma vida experienciada como real e que vale a pena ser vivida, dado que é de acordo com a própria estrutura do dasein; 6) e, por fim, também como derivado necessário de uma concepção existencialista de homem, uma crítica à compreensão do que é o homem e sua existência em termos de analogias naturalistas (analogias biológicas, físicas, termodinâmicas) ou ainda outras (por exemplo, analogias com estruturas e equações matemáticas) que são de natureza díspar daquilo que caracteriza a especificidade da natureza humana.

    Estou ciente de que não encontraremos correspondência, ponto a ponto, entre as concepções existencialistas modernas e as propostas de Winnicott, mais ainda, de que Winnicott fez tanto uma redescrição dessas concepções, para poder integrá-las em seu sistema, como uma integração particular dessas concepções com aquilo que a psicanálise descobriu sobre os fenômenos humanos, agrupando-os, pois, com a tradição psicanalítica (Freud, Klein, Anna Freud, Erikson, Fairbairn, os autores que compõem a denominada psicologia do self, Spitz, dentre outros) com contribuições que vieram de outros campos mais ou menos próximos dessa tradição. O importante, aqui, é apontar proximidades conceituais e factuais que possam contribuir tanto para compreensão de Winnicott quanto para o desenvolvimento da teoria e da prática psicanalítica tomada como uma ciência objetiva da natureza humana, apontando um caminho ou campo de estudos para que exames mais detalhados dessas influências possam ser perscrutados e analisados.

    Caberia, no desenvolvimento destes apontamentos, fornecer, agora, uma análise das referências textuais, de Winnicott, que têm proximidade com os conceitos e referentes factuais descritos pelos existencialistas, apontando para o fato de que estes foram usados operativamente como instrumentos para a compreensão e o tratamento psicoterápico, nas psicologias existencialistas e na psicanálise de Winnicott. Creio que a análise dessas influências, aqui apenas indicadas, pode confirmar a hipótese de que a obra de Winnicott corresponde a uma segunda síntese (a primeira teria sido proposta por Binswanger) entre a psicanálise e a fenomenologia.

     

    Leopoldo Fulgencio é professor do Departamento de Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Personalidade no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), líder do grupo de pesquisa "Estudos sobre o método de tratamento psicanalítico" (www.gpwinnicott.com.br).

     

    Referências Bibliográficas

    1. May, R.; Angel, E. & Ellenberger, H. F. Existence. A new dimension in psychiatry and psychology. New York: Basic Books, 1958.

    2. Ellenberger, H. F. "Existencialisme et psychiatrie. Médecines de l'âme". In : Essais d'histoire de la folie et des guérisons psychiques. Mesnil-sur-l'Estrée: Fayard, 1995 [1961] .

    3. Ellenberger, H. F. "A clinical introduction to psychiatric phenomenology and existential analysis". In : Existence. A new dimension in psychiatry and psychology. New York: Basic Books, 1958.

    4. Ellenberger, op. cit., pp. 408-409, 1995 [1961].

    5. Heidegger, M. Introdução à filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2009 [1996], p. 325.

    6. Heidegger, M. "Introdução". In: Que é metafísica? (pp. 75-88). São Paulo: Nova Cultural, 2000, [1949], p. 82.

    7. Heidegger, op. cit., p. 82, 2000 [1949].

    8. Heidegger, M. "Preleção". In: Que é metafísica? (pp. 49-63). São Paulo: Nova Cultural, 2000 [1929], p. 60.

    9. Heidegger, op. cit., p. 8, 2000 [1929].

    10. Heidegger, M. Os conceitos fundamentais da metafísica: mundo, finitude, solidão. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003 [1983], pp. 205-208.

    11. Ellenberger, op. cit., p. 413, 1995 [1961].

    12. Cf. Loparic, Z. "Binswanger, leitor de Heidegger: um equívoco produtivo?". Revista de Filosofia e Psicanálise Natureza Humana, 4(2), 2002.

    13. Cf. Fulgencio, L. "A necessidade de ser como fundamento do modelo ontológico do homem para Winnicott". In: A fabricação do humano (pp. 145-159). São Paulo: Zagodoni, 2014.

    14. Cf., por exemplo: Winnicott, D. W. "Distorção do ego em termos de falso e verdadeiro self". In: O ambiente e os processos de maturação (pp. 128-139). Porto Alegre: Artmed, 1983 [1965m] ; Winnicott, D. W. "O conceito de falso self". In: Tudo começa em casa (pp. 53-58). São Paulo: Martins Fontes, 1999.

    15. Cf., por exemplo: Winnicott, D. W. "A localização da experiência cultural". In: O brincar & a realidade (pp. 133-143). Rio de Janeiro: Imago Ed., 1975 [1967b] ; Winnicott, D. W. "O lugar em que vivemos". In: O brincar & a realidade (pp. 145-152). Rio de Janeiro: Imago Ed., 1975.