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    Ciência e Cultura

    versión On-line ISSN 2317-6660

    Cienc. Cult. vol.67 no.2 São Paulo abr./jun. 2015

    http://dx.doi.org/10.21800/2317-66602015000200016 

    NOTÍCIAS
    DESLOCAMENTOS

     

    Migração: as relações migratórias entre Brasil e Paraguai

     

     

    Carolina Medeiros

     

     

    O Paraguai teve a maior contribuição de migrantes para o Brasil na década de 1990, dos quais 80% eram brasileiros regressos, sendo a proximidade geográfica e as condições econômicas os principais fatores atrativos. As migrações, e as estatísticas produzidas a partir delas, geralmente se referem ao país de origem para o destinatário, mas pouco se sabe sobre os fluxos internos depois da entrada no Brasil. Fernando Gomes Braga, do Instituto Federal de Minas Gerais e Dimitri Fazito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), autores de artigo publicado na Revista GeoUsp - Espaço e Tempo (vol. 18, nº 3, 2014), propõem metodologia que permite verificar um subssistema interno com as microrregiões de maior concentração de migrantes.

    A análise foi feita baseada em dados do Censo Demográfico de 2010 e traça os caminhos percorridos pelos migrantes vindos do Paraguai. "As informações sobre a condição dos brasiguaios no retorno deixam claro que boa parte dessa população continua migrando internamente como estratégia de sobrevivência, já que muitos perdem os vínculos com o local de origem no Brasil quando da primeira migração em direção ao Paraguai", pontuam os autores.

    A partir da região transnacional os autores do estudo identificam quatro etapas de migração. As duas primeiras (redes 1 e 2) refletem a migração internacional entre Brasil e Paraguai; a 3 e a 4 mapeiam os fluxos internos e o "padrão geral", num fluxo crescente de migração. Na rede 1 estão os migrantes que moravam no Brasil em 1995, mudaram para o Paraguai em algum momento até 2000 e retornaram ao Brasil no período (6.784 migrantes em 243 microrregiões). À rede 2 se somam outros migrantes que dividem a mesma residência (17.728 em 279 microrregiões).

    Na rede 3 estão os migrantes que se movimentaram pelas 279 microrregiões da rede 2, num total que supera 6 milhões. E a rede 4 engloba as 558 microrregiões em que foram identificados migrantes Paraguai-Brasil, com mais de 14,5 milhões de pessoas de 1995 a 2000.

    As redes de migrantes internos que declaram o Paraguai como a último destino mostrou maior concentração nos estados de fronteira, definido como locus transnacional. Outras manchas com mais de 100 migrantes aparecem em estados agrícolas: Mato Grosso, Pará e Rondônia. "Pesquisas futuras podem caracterizar essas comunidades a partir de estudos de caso mais detalhados ou explorar variáveis censitárias de educação, inserção no mercado de trabalho e fecundidade, entre outras. Também se indicaram aqui as bases para um procedimento metodológico útil para comprovar a existência de sistemas migratórios complementares em áreas de fronteira, passível de futuras replicações", concluem.

     

     

    Nome: Centro de Estudos em Direito e Política de Imigração e Refúgio
    Líder: Charles Gomes
    Área Predominante: Direito
    Linhas de pesquisa: Políticas migratórias; Migrações internacionais; Políticas de refúgio
    Instituição: Fundação Casa de Rui Barbosa
    Contato: Email: cgomes@rb.gov.br - Homepage: http://www.casaruibarbosa.gov.br/interna.php?ID_S=119&ID_M=2688

    Nome do Grupo: Centro de Estudos de Migrações Internacionais
    Líder: Bela Feldman-Bianco
    Área Predominante: Antropologia
    Linhas de pesquisa: Nação e diáspora; Políticas migratórias; Migrações e deslocamentos sociais
    Instituição: Unicamp
    Contato: Email: bfb@uol.com.br - Homepage: http://www.unicamp.br/cemi/

    Nome do grupo: Grupos de Estudos Migratórios na Amazônia
    Líderes:
    Sidney Antonio da Silva; Márcia Maria de Oliveira
    Área Predominante: Antropologia
    Linhas de pesquisas: Mobilidades; Migrações; Amazônia
    Institutição: Ufam
    Endereço: Av Gal. Rodrigo Otávio Jordão Ramos, 3000 – Aleixo, Manaus (AM) Email: sidsilva@ufam.edu.br

    Nome do Grupo: Laboratório de Pesquisas em Etnicidade, Cultura e Desenvolvimento
    Líderes: João Pacheco de Oliveira; Antonio Carlos de Souza Lima
    Área predominante: Antropologia
    Linhas de pesquisa: Antropologia do Estado; Povos indígenas; Etnicidade; Migração
    Instituição: Museu Nacional/UFRJ
    Contato: Homepage: http://laced.etc.br

    Nome do Grupo: Laboratório de Estudos Migratórios - LEM
    Líder: Igor José de Renó Machado
    Área Predominante: Antropologia
    Linhas de pesquisa: Parentesco e família japonesa no Brasil; Parentesco e imigração no Vale do Rio Doce; Parentesco e migrações internacionais
    Instituição: UFSCar
    Contato: Homepage: https://lemufscar.wordpress.com/

    Nome do grupo: Núcleo de Estudos de População
    Líder: Estela Maria Garcia Pinto da Cunha
    Área Predominante: Demografia
    Linhas de pesquisa: Saúde reprodutiva e sexualidade; Mobilidade espacial da população; Família, gênero e demografia; Demografia das etnias; Demografia e políticas públicas
    Instituição: Unicamp
    Contato: Homepage: http://www.nepo.unicamp.br/